E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Uma poesia de Fernando Pessoa....
Estou lendo O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Emaranhado, bem engembrado de vida e morte, de fantasma morto que visita o fantasma vivo de si mesmo. Quem finge ser? Quem realmente é... Quem está vivo, na memória e nunca morreu... A leitura é densa e o tempo tão pouco. O livro não rende. Mas o pouco que leio a cada noite é digno de pensar, é digno de sorrir. Tão leve é a morte, tão tênue o fio que nos separa dela. Tão leve é vida, tão pesadas as horas que nos restam dela. Tão mágica a existência. Não percamos tempo com as tristezas, deixemo-las para depois da vida. Pois teremos uma eternidade para contemplá-las, belas estrelas no firmamento....
Tão leve a vida... Tão leve a morte. E sempre queremos complicar tudo.
ResponderExcluirvou lá no site! ;)
bjs
Ando meio afastada dos livros, um pouco por culpa da internet e dos blogs. Mas seu post me incentivou eu estacionei um livro e vou retomar a minha leitura. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirComo é bom ler, né mesmo? Tanta coisa vamos descobrindo, sentindo.
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