terça-feira, 8 de janeiro de 2013

desenferrujar...

... os dedos, as articulações do pulso, cotovelos, mas principalmente as juntas de alma.
A ferrugem do tempo, e dos vícios cotidianos vão tomando conta do pensamento, estagnando o querer, compactando os sonhos e sedimentando a rotina, embaçando a retina. Vamos esquecendo como se vive.... vamos sistematizando algo que é tão mágico e simples... viver, se torna uma tarefa pesada, um amontoado de compromissos, de agenda, metas. Um arremedo de vida, um faz de conta moderno, com  personagens maquiados de seriedade e tristeza. Viver é tão mais simples e eficaz. Viver é tão mais... mais tudo. Mais emocionante, delicado, simples, audacioso... pegar chuva, procurar uma sombra nos dias de sol quente, beber água na palma da mão, acariciar um gatinho, andar descalço, ouvir o mar, ouvir os carros, ouvir música, fazer faxina, organizar a casa, escrever, trabalhar, cantarolar baixinho a canção preferida de outros tempos... sorrir e sonhar, rezar e crer, amar e ser amado...

viver é fazer um caminho único e especial...