Hoje, escrevo como quem canta, escrevo como quem voa. Escrevo pra guardar aqui a saudade que ainda não doeu muito forte, mas começa a dar sinais. Nunca fiquei tanto tempo longe de meus amores, como ficarei nos próximos dias. Queria levá-los comigo, mas, como não dá, paciência. Verei as paisagens com olhos múltiplos e procurarei em cada lugar o tom dos seus olhos e aquilo que gostariam de ver. Amanhã a esta hora estarei a caminho, pimeira vez voando, primeira vez indo pro Rio, primeira vez a Paraty, primeira vez sem vocês. Ainda bem que minhas companheiras de viagem são outros amores, minhas sobrinhas e afilhadinha queridas que irão ocupar todas as minhas horas. Iremos ler, desenhar, ouvir, falar, andar muito e dividir nossa aventura (multiplicar as fotos). Iremos usar máscaras coloridas, bem humoradas pra espantar a gripe Óinc óinc.
Ir e voltar, um exercício de saudade. Uma prova de amor. Um amor que não prende, não amarra. Um amor de verdade, de deixa o coração apertadinho quando estamos longe e cheio de vontada de voltar rapidinho pra casa.
Amo vocês.
volto logo.
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