sexta-feira, 11 de junho de 2010

E as pedras rolam



Em algum lugar já ouvi que elas são os ossos da terra... A comparação é intrigante e ao mesmo tempo poética pois nossos ossos nos sustentam, nos dão forma e estrutura mesmo que escondidos em baixo de tanta massa, músculo gordura e pele e ainda nossas máscaras... nos ossos somos praticamente iguais... Já as pedras, ossos da terra, têm a magia de formas e cores tão distintas de estrutura tão díspares, de resistências diferentes de formatos e tamanhos irregulares, mas convivem harmoniosamente na natureza ou .... dentro da minha caixa de pedras... Sim pois desde pequena sou fascinada por pedras... não sei se algum psiquiatra de plantão me analisa aí do outro lado... não sei qual é o significado disso, mas é a mais pura verdade... coleciono pedras, de lugares de formas e pessoas diferentes...
Um dia fomos a Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, eu tinha nove anos e fomos de ônibus, eu, meu pai, minha mãe e um amigo nosso o Maneco, fomos visitar uma irmã dele. No caminho me encantei com uma enorme pedra redonda na beira da estrada de chão. Era uma caminhada longa, num domingo de sol e todos carregamos a pedra pesada. Íamos revezando a assim ela está comigo até hoje. Serve de calço para a porta da frente.
Uma outra vez, numa viagem ao RS, enchi um saco enorme de pedras, uma mais linda que a outra, mas meu pai, que tinha um fusquinha na época, não me deixou trazer todas aqueles pedras. Trouxe essa enorme pedra cor de rosa que serve de calço para a porta de trás... e outras que trouxe meio escondido, e que tenho até hoje. A sequência de pedras redondas eram da minha nona (madrasta do meu padrasto) se isso pode ser dispensado do contexto, gosto de dizer que herdei da minha avó, o gosto pelas pedras, pois pra mim nunca interessou essa subdivisão de parentesco, era minha nona e pronto e junto com as pedras herdei também uma coleção de botões de roupa, acondicionadas em um vidro bem grade desses de conserva.
Outras pedras vieram se juntar as primeiras. Pedras de Três Barras, pedras de Blumenau, de Guaratuba, de Foz do Iguaçu trazidas por um casal de amigos, a Ro e o Carlão, do Rio Morto em SC, do qual já falei aqui e aqui, e outras... AH! no potinho de vidro, além de pedras comuns que eu ia catando no caminho estão algumas redondinhas e coloridas que meu pai me trouxe de uma viagem ao RS, será que ele ficou arrependido de não ter me deixado trazer o saco de pedras e resolveu me recompensar?... Pai, pode responder que não, mas eu adorei o saquinho de pedrinha coloridas... Só não me perdoo por não ter trazido uma pedra de Parati ...




7 comentários:

  1. Chegamos menina, ainda estou descansando dos vôos...a única parte chata da viagem. Seu basalto em forma de escaravelho veio na mala...em julho chega por aí para aumentar sua coleção. Beijocas!

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  2. OBAAA puxa, eu nem imaginava num formato assim tão interessante, sabendo que vem de longe e de coração, fico feliz da vida!!! Mas o escaravelho será benvindo para fazer companhia a um certo crocodilo na minha estante!!! Beijinhos Taia, bom descanso e até mais!

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  3. Stefano, Giovanni, Rachelle e Valério, seus ancestrais adotivos,nessa ordem, têm suas vidas econômicas baseadas nas pedras. Viveram em Nova Prata,RS, Capital brasileria do basalto. Será esse o porquê de sua afinidade com pedras?

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  4. Josi...não resisti a vir comentar de novo. Tinham pedras tão coloridas, mas meu olho foi justamente no escaravelho. Acertei na escolha, basalto não tem cor vibrante, mas tem tudo a ver com você...hehehehe. Beijocas!

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  5. Oi pai, deve ser por isso sim. Talvez a gente não carregue só a carga genética no sangue, mas também a carga genética no aprendizado, na convivência, na história que vem antes da gente... o senhor tem razão, herdei isso de uma história que veio antes de mim. Deus tem seus mistérios...
    beijinho pai.

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  6. Taia, confio no seu bom gosto, e tô curiosa!! Chega logo, julho!!!!
    E ontem Taia? no jogo, muita festa por aí?

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  7. Que nada Josi...assistimos o jogo no aconchego do lar. Só marido e eu...rsrsrs. Beijocas!

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