terça-feira, 7 de outubro de 2008

Numa rede amarela

Um bom lugar.. Uma rede amarela.
Passei bom tempo do domingo na rede, nos fundos da minha casa, lendo.
Uma paz, uma tranquilidade, lendo um bom livro enquanto as crianças brincavam e o Edno estudava.
Estou lendo 1808. Tô gostando do livro pois ele mostra uma visão que não nos é ensinada na escola. Como os interesses dos outros países, o iluminismo francês e os ideais de liberdade eram manipulados e censurados pela corte portuguesa para "protejer" essa terra da qual sugavam até a útima gota de ouro e trabalho... Infelizmente era um período de vergonha e pensar que nossa terra tão amada talvez tenha a sina de continuar servindo a interesses dos poderosos.

Eu queria muito conhecer Portugal, e ainda quero. Saber a história do nosso povo e dos colonizadores, e tentar endender o contexto histórico em que isso aconteceu é muito interessante.
Meus antepassados eram açorianos e tenho uma curiosidade em conhecer aquelas terras também.
Gosto de Saramago e dos Clã, quando criança ouvia fados com minha mãe e adorava... ainda gosto, mas quase não ouço mais, não tenho como tocar os discos de vinil que minha mãe guarda...mas vou pensar numa solução. Por hora chega de papo. e vamos a música de hoge.

Fado tropical
Chico Buarque de holanda
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental
Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo...(além dasífilis, é claro)
*Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar
Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga
Alecrins no canavial
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata
Arrebato um beijo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
"Meu coração tem um sereno jeito
E as minhas mãos o golpe duro e presto
De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto
Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto
Quando me encontro no calor da luta
Ostento a aguda empunhadora à proa
Mas o meu peito se desabotoa
E se a sentença se anuncia bruta
Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa..."
Guitarras e sanfonas
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca
Num suave azulejo
E o rio Amazonas
Que corre Trás-os-Montes
E numa pororoca
Deságua no Tejo
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um império colonial

2 comentários:

  1. que linda essa foto madrinha,
    adorei! e adoro essa rede amarela.
    adoro pelas brincadeiras com a bea,
    pelos bons momentos que sempre tenho nesse lar, nessa casa em que eu me sinto tão bem...
    é tão cheia de carinho...
    tão família, tão aconchegante!

    é... minha mãe não poderia ter escolhido outro alguém que me vizesse sentir tão bem... e que ainda me deu o melhor padrinho... e os priminhos que eu amo!

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  2. Ainda bem que você gosta de Portugal.

    Sugestão de links:

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