O primeiro livro, a Gisa deu para que fosse sorteado na flipinha, para alguém que declamasse uns versos de Manuel Bandeira. Que ímpeto a moveu? Não tínhamos programado nada antes, estávamos passando, paramos pra ver e quando o apresentador anunciou que tinha dois livros para dar a quem fosse lá e recitasse... ela Gisa olhou pra Jeje e para mim com olhinhos de idéia, e saiu, dizendo vou dar um livro meu ... E já estava com livro nas mãos, e já estava lá, na beira do palco, entregando o livro. A menina que ganhou o presente veio receber o autógrafo e deixou uma escritora feliz. O Segundo livro, foi uma troca de gentilezas entre ilustres desconhecidos. O escritor estava lá todos os dias, os pés sobre seu palco improvisado, sempre no mesmo lugar entre a ponte e a tenda dos autores, a pregoar seu filho "O martírio dos viventes". Passamos por ele várias vezes, a curiosidade sobre aquele personagem nos instigava, mas como suas palavras eram dirigidas a multidão... Um dia, vimos que ele nos olhou e a Gisa, soltou a frase: "Você aceita uma troca?" e ele com largo sorriso, disse que sim. Livros trocados, ambos devidamente assinados, bate-papo rápido, sinceros desejos de felicidades, e lá estavam sul e norte do país, numa troca de gentilezas, esperanças e estórias. O nome dele, Paulo Cavalcante.
Outro, ainda, foi entregue a Regina Casé. Quando vimos, ela já tinha passado por nós... a Gisa, olhou pra trás, virou rápido e disse, "me dá um livro". Saiu correndo, e quando a alcançou ela tinha acabado de atender ao telefone celular. Estendeu-lhe o livro com um sorriso. Ela, surpresa, e parecendo incrédula, disse baixinho: "é pra mim?" e agradeceu com um sorriso. Uma simpatia. A Gisa voltou radiante. “Minha mãe disse que era para eu entregar o livro a uma pessoa famosa!” Peninha, que isso eu nem tive tempo de fotografar!
Outro, ainda, foi entregue a Regina Casé. Quando vimos, ela já tinha passado por nós... a Gisa, olhou pra trás, virou rápido e disse, "me dá um livro". Saiu correndo, e quando a alcançou ela tinha acabado de atender ao telefone celular. Estendeu-lhe o livro com um sorriso. Ela, surpresa, e parecendo incrédula, disse baixinho: "é pra mim?" e agradeceu com um sorriso. Uma simpatia. A Gisa voltou radiante. “Minha mãe disse que era para eu entregar o livro a uma pessoa famosa!” Peninha, que isso eu nem tive tempo de fotografar!
Pre terminar... versos de Manuel Bandeira.
Arte de amar
Se queres sentir a felicidade de
amar, esquece a tua alma,
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicãveis.
Deixa teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
vi uma estrela tão alta
ResponderExcluirvi uma estrela tão fria
vi uma estrela luzindo
na minha vida vazia...
m.b.
dias de pura emoção em Paraty